Na 5ª feira, assistiu-se à apresentação do trabalho da Professora Fátima Vasques com o 6ºI sobre a obra de António Torrado às turmas do 6ºG e 6ºJ.
Esta apresentação foi feita em três partes distintas: Na primeira parte, recorrendo à versão do autor de “A Nau Catrineta”, a turma fez a leitura do texto em forma de “rap”; na segunda parte a professora informou que, numa das suas pesquisas, descobrira a página de António Torrado onde, todos os dias se encontra uma nova história sobre os acontecimentos ou efemérides celebradas nesse mesmo dia. Assim, decidira trabalhar com a turma do 6ºI a história criada para celebrar o Dia da Música, 1 de Outubro, “ O destino da Música”. Sobre esta bela história foi feito um arranjo instrumental sobre o tema musical “Canção” de José Carlos Godinho.
A história foi narrada pelas alunas Valeryia e Catarina que foram acompanhadas pelos restantes alunos com canto, expressão corporal, jogos de sinos e triângulos, rufar de tambor, pequenos trechos musicais de flauta e xilofone, maracas, pandeiretas, clavas e reco-reco.
A seguir, o texto de António Torrado:
«Era uma vez uma música, uma melodia. Andou pelos ouvidos das pessoas.
Alguns cantarolavam-na. Outros assobiavam-na. Fosse em lá-lá-lá, no céu da boca, ou em tri-ti-ti, na ponta dos lábios, sabia sempre bem.
Quando era tocada no coreto da praça, as pessoas paravam de conversar e aproximavam-se pé ante pé, meneando a cabeça ao som da música. E, quando a música acabava, batiam palmas entusiasmadas, que tanto se destinavam à música como à banda que apuradamente a
tocara. E pediam "Bis! Bis!".
Às vezes, o maestro fazia-lhes a vontade. Nova sessão do encantamento e, no fim, mais uma grande revoada de palmas.
Acontecia as pessoas acordarem, de manhã, com a música a rodopiar nos ouvidos. Era bom.
Acontecia as pessoas adormecerem, à noite, com a música a rodopiar nos ouvidos. Também era bom.
E, durante o dia, os carpinteiros, a serrarem,
assobiavam-na, as lavadeiras, a lavarem, cantavam-na, e toda a gente, quer estivesse a trabalhar quer fosse dar um passeio solitário pelo campo, espalhava-a pelos ares, dando mais vida à música que serpenteava, feliz, em direcção às nuvens.
Mas a banda deu a conhecer outras melodias. Era seu dever valorizar-se e renovar o repertório. Não podia estar só a tocar as mesmas músicas de antigamente.
Porque é que não voltam a tocar aquela que começa assim: Lá-lá-lá…? - perguntava alguém, com saudades da velha música.
Não havia quem soubesse responder.
A pouco e pouco, a música foi-se apagando das memórias.
“Era uma vez uma música, uma melodia. Andou pelos ouvidos das pessoas.
Alguns cantarolavam-na. Outros assobiavam-na. Fosse em lá-lá-lá, no céu da boca, ou em tri-ti-ti, na ponta dos lábios, sabia sempre bem.
Quando era tocada no coreto da praça, as pessoas paravam de conversar e aproximavam-se pé ante pé, meneando a cabeça ao som da música. E, quando a música acabava, batiam palmas entusiasmadas, que tanto se destinavam à música como à banda que apuradamente a
Às vezes, o maestro fazia-lhes a vontade. Nova sessão do encantamento e, no fim, mais uma grande revoada de palmas.
Acontecia as pessoas acordarem, de manhã, com a música a rodopiar nos ouvidos. Era bom.
Acontecia as pessoas adormecerem, à noite, com a música a rodopiar nos ouvidos. Também era bom.
E, durante o dia, os carpinteiros, a serrarem,
Mas a banda deu a conhecer outras melodias. Era seu dever valorizar-se e renovar o repertório. Não podia estar só a tocar as mesmas músicas de antigamente.
Porque é que não voltam a tocar aquela que começa assim: Lá-lá-lá…? - perguntava alguém, com saudades da velha música.
Não havia quem soubesse responder.
A pouco e pouco, a música foi-se apagando das memórias.
Para onde vão as melodias que nunca mais são tocadas?
Eu sei, isto é, julgo saber. Os sons sobem. Seja de flauta, de harpa ou de voz, o som solta-se donde é emitido e como leve coluna de fumo busca o ar transparente, onde vogam as andorinhas. Cada vez mais alto, o som atravessa as nuvens…
Quando chove e as gotas de chuva tilintam nas águas dos rios e dos lagos, os sons que subiram regressam à Terra.
Todos juntos, em grande confusão, escorrem pelas correntes de água, em caudais de música, em ondas, em cascatas, e vão ter ao mar.
Os sons mais pesados vão para o fundo. Os outros permanecem à superfície e, levados pelo balanço das ondas, navegam, de mistura com algas, penas de gaivotas, bocadinhos de luz e de prata, roubados ao Sol.
Estava eu na praia, a contemplar um pôr de Sol (sou coleccionador de pores de Sol, não sei se sabem), quando uma musiquinha suave me trespassou os ouvidos.
Não estava a inventar. Para ter a certeza, aflorei a música aos lábios, num sussurro de um assobio, que voou em direcção às nuvens rosadas do entardecer.
Foi então que resolvi escrever esta história.»
O trabalho foi muito apreciado pelas turmas presentes que foram convidadas a visitar a página de António Torrado com recurso à projecção da mesma. Por fim, na terceira partre, alguns alunos leram a História do Dia “ O Queixo Queixoso” .
Estiveram presentes 8 professores e cerca de 60 alunos.
À tarde, pelas 13:45 horas, como tem acontecido desde o início da Semana, a Biblioteca recebeu alunos do 1º Ciclo. Desta vez foram os alunos do 2º e 4º anos da Escola de Juso 2 que vieram à escola sede.
Nesta sessão foi feita a apresentação de uma adaptação da autoria de Joan de Déu Prats da Flauta Mágica de W.A. Mozart.
Este trabalho é da responsabilidade da Professora Ana Rita Abraão e resulta de um trabalho articulado com alguns alunos das turmas do 6ºJ, 6ºB, 6ºE, 5ºH e 5ºI.
Após a apresentação das diferentes personagens, ouviu-se a história lida pela aluna Clarisse, excertos musicais da ópera, leituras dramatizadas, representação de partes do texto e acompanhamento de flautas.
Algumas árias foram muito apreciadas e no final os alunos convidados aprenderam com a professora a cantar uma das árias de Papageno.
Estiveram presentes cerca de 45 alunos e 12 professores.
Dalila Marques e maria F.