ESCOLA E.B. 2,3 PROF. ANTÓNIO PEREIRA COUTINHO

10
Mar 09

Na 5ª feira, assistiu-se à apresentação do trabalho da Professora Fátima Vasques com o 6ºI sobre a obra de António Torrado às turmas do 6ºG e 6ºJ.

Esta apresentação foi feita em três partes distintas:  Na primeira parte, recorrendo à versão do autor de “A Nau Catrineta”, a turma fez a leitura do texto em forma de “rap”; na segunda parte a professora  informou que, numa das suas pesquisas, descobrira a página de António Torrado onde, todos os dias se encontra  uma nova história sobre os acontecimentos ou efemérides celebradas nesse mesmo dia. Assim, decidira trabalhar com a turma do 6ºI a história criada para celebrar o Dia da Música, 1 de Outubro,  “ O destino da Música”. Sobre esta  bela história foi feito um arranjo instrumental sobre o tema musical “Canção” de José Carlos Godinho.

A história  foi narrada  pelas  alunas  Valeryia e Catarina que foram acompanhadas  pelos restantes alunos com canto,  expressão corporal, jogos de sinos e triângulos, rufar de tambor, pequenos trechos musicais de flauta e xilofone, maracas, pandeiretas, clavas e reco-reco.

 

 

 

 

 

 

A seguir,  o texto de António Torrado:

 


 

«Era uma vez uma música, uma melodia. Andou pelos ouvidos das pessoas.

Alguns cantarolavam-na. Outros assobiavam-na. Fosse em lá-lá-lá, no céu da boca, ou em tri-ti-ti, na ponta dos lábios, sabia sempre bem.

Quando era tocada no coreto da praça, as pessoas paravam de conversar e aproximavam-se pé ante pé, meneando a cabeça ao som da música. E, quando a música acabava, batiam palmas entusiasmadas, que tanto se destinavam à música como à banda que apuradamente a

tocara. E pediam "Bis! Bis!".

Às vezes, o maestro fazia-lhes a vontade. Nova sessão do encantamento e, no fim, mais uma grande revoada de palmas.

Acontecia as pessoas acordarem, de manhã, com a música a rodopiar nos ouvidos. Era bom.

Acontecia as pessoas adormecerem, à noite, com a música a rodopiar nos ouvidos. Também era bom.

E, durante o dia, os carpinteiros, a serrarem,

assobiavam-na, as lavadeiras, a lavarem, cantavam-na, e toda a gente, quer estivesse a trabalhar quer fosse dar um passeio solitário pelo campo, espalhava-a pelos ares, dando mais vida à música que serpenteava, feliz, em direcção às nuvens.

Mas a banda deu a conhecer outras melodias. Era seu dever valorizar-se e renovar o repertório. Não podia estar só a tocar as mesmas músicas de antigamente.

Porque é que não voltam a tocar aquela que começa assim: Lá-lá-lá…? - perguntava alguém, com saudades da velha música.

Não havia quem soubesse responder.

A pouco e pouco, a música foi-se apagando das memórias.

 

 “Era uma vez uma música, uma melodia. Andou pelos ouvidos das pessoas.

Alguns cantarolavam-na. Outros assobiavam-na. Fosse em lá-lá-lá, no céu da boca, ou em tri-ti-ti, na ponta dos lábios, sabia sempre bem.

Quando era tocada no coreto da praça, as pessoas paravam de conversar e aproximavam-se pé ante pé, meneando a cabeça ao som da música. E, quando a música acabava, batiam palmas entusiasmadas, que tanto se destinavam à música como à banda que apuradamente a tocara. E pediam "Bis! Bis!".

Às vezes, o maestro fazia-lhes a vontade. Nova sessão do encantamento e, no fim, mais uma grande revoada de palmas.

Acontecia as pessoas acordarem, de manhã, com a música a rodopiar nos ouvidos. Era bom.

Acontecia as pessoas adormecerem, à noite, com a música a rodopiar nos ouvidos. Também era bom.

E, durante o dia, os carpinteiros, a serrarem, assobiavam-na, as lavadeiras, a lavarem, cantavam-na, e toda a gente, quer estivesse a trabalhar quer fosse dar um passeio solitário pelo campo, espalhava-a pelos ares, dando mais vida à música que serpenteava, feliz, em direcção às nuvens.

Mas a banda deu a conhecer outras melodias. Era seu dever valorizar-se e renovar o repertório. Não podia estar só a tocar as mesmas músicas de antigamente.

Porque é que não voltam a tocar aquela que começa assim: Lá-lá-lá…? - perguntava alguém, com saudades da velha música.

Não havia quem soubesse responder.

A pouco e pouco, a música foi-se apagando das memórias.

Para onde vão as melodias que nunca mais são tocadas?

Eu sei, isto é, julgo saber. Os sons sobem. Seja de flauta, de harpa ou de voz, o som solta-se donde é emitido e como leve coluna de fumo busca o ar transparente, onde vogam as andorinhas. Cada vez mais alto, o som atravessa as nuvens…

Quando chove e as gotas de chuva tilintam nas águas dos rios e dos lagos, os sons que subiram regressam à Terra.

Todos juntos, em grande confusão, escorrem pelas correntes de água, em caudais de música, em ondas, em cascatas, e vão ter ao mar.

Os sons mais pesados vão para o fundo. Os outros permanecem à superfície e, levados pelo balanço das ondas, navegam, de mistura com algas, penas de gaivotas, bocadinhos de luz e de prata, roubados ao Sol.

Estava eu na praia, a contemplar um pôr de Sol (sou coleccionador de pores de Sol, não sei se sabem), quando uma musiquinha suave me trespassou os ouvidos.

 Os óculos já embaciados da poalha da maresia ficaram ainda mais embaciados, porque, de repente, me lembrei de que tinha ouvido aquela música à beira de um coreto pela mão do meu avô Domingos. Portanto, há muito e muito tempo...

Não estava a inventar. Para ter a certeza, aflorei a música aos lábios, num sussurro de um assobio, que voou em direcção às nuvens rosadas do entardecer.

Foi então que resolvi escrever esta história.»

 

O trabalho foi muito apreciado pelas turmas presentes que  foram convidadas a visitar a página de António Torrado com recurso à projecção da mesma. Por fim, na terceira partre, alguns alunos leram a História do Dia “ O Queixo Queixoso” .

Estiveram presentes 8 professores e cerca de 60 alunos.

 

À tarde, pelas 13:45 horas, como tem acontecido desde o início da Semana, a Biblioteca recebeu alunos do 1º Ciclo. Desta vez foram os alunos do 2º e 4º anos da Escola de Juso 2 que vieram à escola sede.

Nesta sessão foi feita a apresentação de uma adaptação da autoria de Joan de Déu Prats da Flauta Mágica de W.A. Mozart.

Este trabalho é da responsabilidade da  Professora Ana Rita Abraão e resulta de um trabalho articulado com   alguns alunos  das turmas do 6ºJ, 6ºB, 6ºE, 5ºH e 5ºI.

Após a apresentação das diferentes personagens, ouviu-se a história lida pela aluna Clarisse, excertos musicais da ópera, leituras dramatizadas, representação de partes do texto  e acompanhamento de flautas.

Algumas árias foram muito apreciadas e no final os alunos convidados aprenderam com a professora a cantar uma das árias de Papageno.

Estiveram presentes cerca de 45 alunos e 12  professores.

 

Dalila Marques e maria F.


 

 

 

publicado por CREM Pereira Coutinho às 19:17

Adorei fazer uma história musicada foi giro
megi e Joana a 12 de Março de 2009 às 11:42

nao gostei do papel da snejana
ines a 13 de Outubro de 2009 às 12:31

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