ESCOLA E.B. 2,3 PROF. ANTÓNIO PEREIRA COUTINHO

13
Jun 08

        13 de Junho

 

Santo António (1190-1231)


   Doutor da Igreja, glória da Ordem Franciscana e uma das grandes figuras da História do Catolicismo na Idade Média, como doutrinador e pregador. Nascido em Lisboa, iniciou muito novo a sua vida religiosa entre os cónegos regrantes de S. Vicente de Fora e depois, em Santa Cruz de Coimbra, onde adquiriu a maior parte da sua excepcional formação. Em 1220,admitido na Ordem Franciscana, partiu como missionário para Marrocos. Forçado a regressar devido a doença, o navio que o reconduzia a Lisboa foi desviado da rota por uma tempestade e levou-o para Itália, onde S. Francisco de Assis o incumbiu de ensinar teologia e pregar fé nas áreas atingidas pela heresia albigense*.

 

   Assim se iniciou uma actividade apostólica de enorme amplitude, em que Santo António, além de ensinar nas escolas de Bolonha, de Toulouse e de Montpellier , foi incansável na pregação e no combate à heresia*. Em 1226, o seu prestígio de teólogo e de orador fizeram dele o responsável pelo o governo da Ordem Franciscana na Lombardia. Morreu em Pádua (13 de Junho de 1231) onde mais tarde se ergueria em sua honra uma monumental basílica. Ainda não tinha passado um ano sobre a sua morte, quando o papa Gregório IX o canonizou. Em 1946, o Papa Pio XII proclamou-o Doutor da Igreja.

    O seu culto, estimulado pela fama de inúmeros milagres, depressa se universalizou. Embora quase sempre com o nome de Santo António de Pádua, motivado pela  cidade em que morreu e em que ficou sepultado, Santo António de Lisboa, nascido Fernando de Bulhões, é ainda sem dúvida a maior presença portuguesa no Mundo, considerando os milhões de crentes que o veneram em todas as comunidades católicas. Em Portugal, ao culto litúrgico juntou-se um vivo culto popular sobretudo pela fama dos milagres. Santo António é uma constante da religiosidade nacional.                         

   Conhece-se e está publicada parte apreciável da sua obra literária.                                                

Basílica em Pádoa

 

 

 

*

 

 

Claustro da basílica em Pádoa

 

 

 

 

*heresia albigense - A doutrina albigense ou cátara diferenciava-se da doutrina cristã de Roma em alguns dos principais "pilares". Para eles, o livro sagrado era a Bíblia, em particular o Novo Testamento, mas segundo a sua crença, Jesus não era filho de Deus, mas apenas um profeta importante.  Também recusavam a hóstia sagrada (apenas repartiam o pão nas suas cerimónias)e não admitiam distinção entre sexos, permitindo inclusive que mulheres celebrassem ritos religiosos. Muito menos reconheciam a autoridade Papal ou dos bispos, dividindo os seguidores da religião em três níveis: Perfeitos, Crentes e Ouvintes. Os Perfeitos ou "bons homens" praticavam o celibato e passavam os dias em orações e jejuns. Eram excelentes oradores. Os Crentes praticavam a virtude e a humildade, mas não eram obrigados a abstinências. Os Ouvintes eram simpatizantes da religião, acompanhando as palestras dos Perfeitos.

No começo do século XIII, o Papa Inocêncio III ordenou uma larga cruzada contra os Albigenses porque rejeitaram o baptismo infantil e a regeneração baptismal. Os Albigenses  tinham tomado o seu nome de Albi, uma cidade do sul de França que foi o centro das suas influências. Durante a cruzada do Papa Inocêncio III contra os Albigenses, um exército de vinte e quatro mil soldados atacou Béziers, em França. Morreram sessenta mil homens, mulheres e crianças.

 

Vida e obra de Santo António:

http://www.anjo-dourado.com/oracoes/index.php?option=com_content&task=view&id=653&Itemid=29

 

Tradição popular do "Responso ao Santo António"

 

Se milagres desejais,
Recorrei a Santo António;
Vereis fugir o demónio
E as tentações infernais.

Recupera-se o perdido,
Rompe-se a dura prisão,
E no auge do furacão
Cede o mar embravecido.

Pela sua intercessão
Foge a peste, o erro, a morte,
O fraca torna-se forte
E torna-se o enfermo são.

Recupera-se o perdido...

Todos os males humanos
Se moderam, se retiram,
Digam-nos aqueles que o viram;
Digam-no os paduanos.

Recupera-se o perdido...

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo
Como era no princípio, agora e sempre
Amen

Recupera-se o perdido...

 

 

Felizes Festas Populares!

 

Maria F.

publicado por CREM Pereira Coutinho às 15:48

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