No ano em que Viana do Castelo assinala os 750 anos da outorga do Foral pelo quinto rei de Portugal, D.Afonso III, o Presidente da República decidiu realizar as comemorações oficiais do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades nesta cidade.
Conheces Viana do Castelo?
«Viana do Castelo é uma cidade portuguesa, capital de Distrito, na região Norte e subregião do Minho-Lima. É sede de um município com 314,36 km² de área e cerca de 36.750 habitantes no seu núcleo urbano e 83 mil em todo o concelho, subdividido em 40 freguesias.
Viana do Castelo é limitada a norte pelo município de Caminha, a leste por Ponte de Lima, a sul por Barcelos e Esposende e a oeste tem litoral no Oceano Atlântico.
As origens do povoamento remontam a antes da era cristã como o comprovam as ruinas de um castro ou citânia no alto da colina de Santa Luzia. Recebeu o seu primeiro foral do rei Afonso III de Portugal em 1258 e o nome de Viana da Foz do Lima em razão da sua localização geográfica; em 1848 foi elevada a cidade por decreto de Dona Maria II, tendo visto então o seu nome alterado para Viana do Castelo. Fazendo assim com que comemore este ano de 2008 os 750 anos do foral de Viana do Castelo.
O objectivo do foral de D. Afonso III foi o de criar um aglomerado urbano, de expressão mercantil marítima, junto à foz do Lima, concentrando, no morro mais próximo do rio, uma população dispersa pelas quatro "vilas" existentes em redor, e centralizando no município a administração e eventualmente a defesa do termo concelhio.
De Viana partiu João Álvares Fagundes à descoberta das terras do Noroeste Atlântico e, como ele, outros navegadores e militares, para o Brasil e para a Índia. De Viana, era o Capitão do Porto Seguro Pero do Campo Tourinho. Como o comércio e o porto tinham de ser defendidos, D. Manuel fez construir a Torre da Roqueta. A ameaça dos piratas obriga a obras de ampliação no tempo de D. Sebastião, e D. Filipe I fez aí construir a obra integradora que, com poucos acrescentes posteriores, é o Castelo de Santiago da Barra.
E foi pela épica resistência às tropas da Patuleia que a Rainha D. Maria II elevou Viana a cidade, por carta régia de 20 de Janeiro de 1848, afectando-lhe ao nome o monumento mais simbólico do seu passado e do seu valor: e Viana da foz do Lima passou a ser, definitivamente, Viana do Castelo.
A recuperação económica do século XVIII tinha trazido novas riquezas, e com elas os solares que embelezam a Ribeira Lima.
No século XIX vai-se prolongando este esforço construtivo de igrejas e palacetes. Mas surge, também, o Teatro Sá de Miranda e o caminho de ferro veio trazer uma monumental estação (risco de Alfredo Soares) e a bela ponte metálica projectada por Gustave Eiffel.
Mas Viana se ainda vive orgulhosa de um passado recente, prepara-se quase de um salto, para entrar no futuro:
É o novo porto comercial, na margem esquerda, dando um movimento à zona de Darque e Cabedelo;
É a nova ponte;
É o polígono industrial e o Ensino Superior.;
A nova doca de recreio, a Marina;
O complexo turístico da beira-rio;
É o centro histórico revivendo-se nas ruas velhinhas de séculos. (...)»
http://arquivo.rtam.pt/concelhos/viana.html
O Presidente da República vai condecorar, por ocasião do Dia de Portugal, dezenas de entidades que, ao longo da sua vida, se distinguiram. Recebem as medalhas simbolizando as Antigas Ordens Militares como: Ordem de Cristo,Ordem de Avis, Ordem de Sant'iago da Espada
Também atribui outras condecorações nacionais como: Ordem do Infante D. Henrique, Ordem da Liberdade, Ordem de Mérito, Ordem da Instrução Pública etc.
CAMÕES, SÍMBOLO DA NAÇÃO
Poeta português, filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá e Macedo, Luís Vaz de Camões terá nascido por volta de 1524/1525, não se sabe exactamente onde, e estudado Literatura e Filosofia em Coimbra. Tudo parece indicar que pertencia à pequena nobreza. Atribuem-se-lhe vários desterros, sendo um para Ceuta, onde se bateu como soldado e em combate perdeu o olho direito.
Depois de regressado a Lisboa, foi preso, em 1552, em consequência de uma rixa com um funcionário da Corte, e metido na cadeia do Tronco. Saiu logo no ano seguinte, inteiramente perdoado pelo agredido e pelo rei, conforme se lê numa carta enviada da Índia, para onde partiu nesse mesmo ano, quer para mais facilmente obter perdão, quer para se libertar da vida lisboeta, que o não contentava. Segundo alguns autores, terá sido por essa altura que compôs o primeiro canto de Os Lusíadas. Na Índia parece não ter sido feliz. Viajou de seguida para Macau, onde exerceu o cargo de provedor-mor de defuntos e ausentes, e escreveu, na gruta hoje reconhecida pelo seu nome, mais seis Cantos do famoso poema épico.
Em 1569, após 16 anos de desterro, regressou a Lisboa, tendo os seus amigos pago as dívidas e comprado o passaporte. Só três anos mais tarde conseguiu obter a publicação da primeira edição de Os Lusíadas.
Os últimos anos de Camões foram amargurados pela doença e pela miséria.Morreu a 10 de Junho de 1580.
in Diciopédia 2006, Porto
Amigos, aproveitem bem o feriado!
Maria F.