ESCOLA E.B. 2,3 PROF. ANTÓNIO PEREIRA COUTINHO

09
Mar 08

  

  A professora Fátima Vasques o 8ºB e 6ºJ apresentaram poemas de Fernando Pessoa na forma declamada e cantada. Foi ainda apresentado  um power point com o poema Cavaleiro Monge, dedicado ao Infante D. Henrique cantado por Marisa.

http://www.youtube.com/watch?v=LTvjdkvDZHs

Este power point foi elaborado pelos alunos do 8ºB, 8ºA e professora Fátima Vasques.

 
   Seguiram-se outras apresentações das quais se salienta “Cartas de amor”, leitura coral feita pelos alunos do 8º B e outro power point com Ana Moura e poema de  Pessoa :
http://www.youtube.com/watch?v=kc7iJQFPmaw

.

 

   Estiveram presentes quatro turmas,  oitenta e quatro alunos e onze professores.


 

publicado por CREM Pereira Coutinho às 21:34

A Folha na Festa
Cecília Meireles

Esta flor
Não é da floresta.

Esta flor é da festa
Esta é a flor da giesta.
É a festa da flor
E a flor está na festa.
(E esta folha?
Que folha é esta)
Esta folha não é da giesta.
Não é folha de flor.
Mas está na festa.
Na festa da flor
Na flor da giesta.


(Do livro "Ou Isto ou Aquilo")





   No dia 7 de Março, última manhã da Semana da Leitura, Cecília Meireles foi apresentada aos alunos presentes através de uma dramatizção dos alunos do 5ºI com a sua professora Ana Paula Borges.

   À medida que uma narradora mencionava factos ocorridos durante a vida da escritora, outros alunos ilustravam os acontecimentos representando-os. Conseguiu-se assim  reforçar a mensagem escrita e prender a atenção do público. A articulação entre a referência aos acontecimentos e a representação dos mesmos foi a adequada e a seriedade da vida e obra de Cecília foi respeitada no ritmo, sobriedade, beleza e atitude dos alunos participantes. Um  óptimo trabalho.

   Estiveram presentes cinco turmas (5ºI, 6ºL, 6ºM, 6ºD e 8ºA), cerca de 100 alunos e seis professores.

  A sessão terminou mais cedo pelo que os alunos foram convidados a ver as exposições dos trabalhos e a mesa contendo dados sobre a vida e obra dos poetas que têm sido trabalhados ao longo da semana.


Biografia de Cecília Meireles

Poetiza brasileira. Sua obra figura entre os grandes valores da literatura de língua portuguesa do século XX. 

A obra poética de Cecília Meireles ocupa lugar singular na história das letras brasileiras por não pertencer a nenhuma escola literária.
Cecília Meireles nasceu no Rio de Janeiro  em 7 de Novembro de 1901. Órfã muito cedo, foi educada pala avó materna e diplomou-se professora pelo Instituto de Educação em 1917. Viajou pela Europa, Estados Unidos e Oriente e logo se dedicou ao ensino. No exercício da profissão, participou activamente do movimento de renovação do sistema educacional brasileiro. Fundou, em 1934, a primeira biblioteca infantil do país e, de 1936 a 1938, leccionou literatura luso-brasileira, técnica e crítica literária na universidade do então Distrito Federal. Ensinou na Universidade do Texas (1940) e colaborou na imprensa carioca, escrevendo sobre folclore, tema de sua           especialidade.
Depois de Espectros, 17 sonetos de tema histórico, lançado em 1919, publicou dois livros de poemas de inspiração nitidamente simbolista: Nunca mais... o poema dos poemas (1923) e Baladas para el-rei (1925).
Foi com Viagem (1938), premiado pela Academia Brasileira de Letras depois de um acalorado debate suscitado pelo modernismo, que se deu a afirmação plena das qualidades que caracterizam a obra de Cecília Meireles: intimismo, lirismo, tendência ao misticismo e ao universal, e retorno à fonte popular, em versos de grande beleza e perfeição formal.
Cecília Meireles reafirmou a importância de sua contribuição à poesia da língua portuguesa em vários outros livros, entre eles Vaga música (1942); Mar absoluto (1945); Retrato natural (1949); Doze noturnos da Holanda (1952); Romanceiro da Inconfidência (1953); Metal rosicler (1960); Poemas escritos na Índia (1962); Solombra (1964) e Ou isto ou aquilo (1964). Em português clássico, a autora serviu-se de todos os metros e ritmos com a mesma flexibilidade, a fim de construir uma obra ao mesmo tempo pessoal e universal. Morreu em 9 de Novembro de 1964, no Rio de Janeiro.



Maria F.
publicado por CREM Pereira Coutinho às 20:34

  

  A professora Manuela Gomes de Educação Musical, com a turma- orquestra do 5ºG, apresentaram a vinte e sete meninos do 1º e 2º ano da Torre a obra de Álvaro Magalhães “Uma flauta chamada Ternura”.  


  A professora contou a história e explorou o seu conteúdo. Foram ainda executadas várias peças musicais tocadas pelos seus alunos.


 

 

  Estiveram presentes três professores da escola sede e dois professores do 1º ciclo.

Assistiram a esta sessão quarenta e sete alunos.

publicado por CREM Pereira Coutinho às 20:16



A professora Cristina Albino e os alunos do 5ºD apresentaram à turma poemas do autor quer dramatizadas quer declamadas.








O limpa-palavras

Limpo palavras.
Recolho-as à noite, por todo o lado:
A palavra bosque, a palavra casa, a palavra flor.
Trato delas durante o dia
Enquanto sonho acordado.
A palavra solidão faz-me companhia.
 
Quase todas as palavras
Precisam de ser limpas e acariciadas:
A palavra céu, a palavra nuvem, a palavra mar.
Algumas têm mesmo de ser lavadas,
é Preciso raspar-lhes a sujidade dos dias
E do mau uso.
Muitas chegam doentes,
Outras simplesmente gastas, estafadas,
Dobradas pelo peso das coisas
Que trazem às costas.
 
A palavra pedra pesa como uma pedra.
A palavra rosa espalha o perfume no ar.
A palavra árvore tem folhas, ramos altos.
Podes descansar à sombra dela.
A palavra gato espeta as unhas no tapete.
A palavra pássaro abre as asas para voar.
A palavra coração não pára de bater.
Ouve-se a palavra canção.
A palavra vento levanta os papéis no ar
E é preciso fechá-la na arrecadação.
 
No fim de tudo voltam os olhos para a luz
E vão para longe, leves palavras voadoras
Sem nada que as prenda à terra,
Outra vez nascidas pela minha mão:
A palavra estrela, a palavra ilha, a palavra pão.
 
A palavra obrigado agradece-me.
As outras, não.
A palavra adeus despede-se.
As outras já lá vão, belas palavras lisas
E lavadas como seixos do rio:
A palavra ciúme, a palavra raiva, a palavra frio.
Vão à procura de quem as queira dizer,
De mais palavras e de novos sentidos.
Basta estenderes um braço para apanhares
A palavra barco ou a palavra amor.
 
Limpo palavras.
A palavra búzio, a palavra lua, a palavra palavra.
Recolho-as à noite, trato delas durante o dia.
A palavra fogão cozinha o meu jantar.
A palavra brisa refresca-me.
A palavra solidão faz-me companhia.



«O Bombeiro»




«Ele apaga todos os fogos
mesmo o do coração da amada.
Só que esse é um fogo doce
Que ele está sempre a apagar
Para o voltar a atear.
Como ele mesmo diria
Esse incêndio é uma alegria.

Onde ele não é muito bem visto
É no inferno
Lá, nenhum bombeiro tem hospedagem.
É uma grande
vantagem.»


   



 

  No final desta apresentação e no sentido de se criar um novo texto poético,  foram distribuídos pelo público oito  saquinhos de palavras recortadas do texto “À noite”: quatro para cada turma convidada, uma cartolina e cola. A actividade foi aceite com muito entusiasmo por todos e, após algum tempo,  todos os grupos  leram os  textos que tinham criado e que ficaram expostos.

  Estiveram presentes três turmas, num total de setenta e seis alunos e sete professores.


http://www.truca.pt/ouro.html

Maria F.
publicado por CREM Pereira Coutinho às 19:40

  
   No dia 5 de Março, a sessão da tarde do terceiro dia da Semana da Leitura ficou a cargo dos alunos do  6ºC, com a sua directora de Turma, Paula Nunes. Todos se disponibilizaram para dinamizar a animação destinada aos alunos do Jardim de Infância da Torre.
  
Com base na leitura dos "Poemas da Mentira e da Verdade" de Luísa Ducla Soares, foram apresentadas algumas leituras dramatizadas, lido um poema traduzido para ucraniano e a sua versão em português, várias leituras por pares e grupo e um poema que foi acompanhado com a música da “Banda” de Chico Buarque.



      Poemas da Mentira         
MÚSICA
Paulina toca piano
e Virgílio, violino.
Toca Tomás o tambor
e o sacristão toca o sino.
Eu toco à porta da rua,
para irritar a vizinha,
quarenta vezes seguidas
o botão da campainha.

Poemas da verdade


 

Rei, capitão, soldado, ladrão

Rei, capitão,
soldado, ladrão,
menina bonita
do meu coração.
Não quero ter coroa,
nem arma na mão,
nem fazer assaltos
com um facalhão.
Quero ser criança,
quero ser feliz,
não quero nas lutas
partir o nariz.
Quero ter amigos
jogar futebol,
descobrir o mundo
debaixo do sol.
Rei, capitão,
soldado, ladrão,
não.
Mas quero a menina
do meu coração.

  Os alunos do 6ºC  foram elogiados pois, em poucos dias, montaram uma apresentação muito divertida e apropriada a um público tão jovem. Os alunos convidados interagiram e quiseram  familiarizar-se com o microfone para cantar ou dizer “Obrigado”.

   Estiveram presentes trinta e nove meninos do Jardim de Infância e vinte oito alunos do 6ºC.

   Os alunos da Torre foram acompanhados por duas educadoras e três auxiliares. Estiveram presentes seis professores da escola sede.


 

Maria F.

publicado por CREM Pereira Coutinho às 16:16

  

   Dia de Sophia de Mello Breyner Andresen: após  uma abordagem geral à obra da autora, a Professora Isabel Freire apresentou  os alunos do 5ºE que, através da dramatização de  uma entrevista a Sofia, deram a conhecer ao público a vida e obra da poetisa.


   Esta entrevista foi levada a cabo pelos alunos Tiago e Clarisse.


   Seguiu-se a declamação de alguns poemas pelos alunos da turma e, no final, as turmas que assistiam foram convidadas a tentar completar o poema “No fundo do Mar”, poema este que tinha sido ampliado e transformado em forma de preenchimento lacunar. As turmas aderiram e a actividade resultou muito bem.


 
Fundo do mar
 
No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.

Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.

Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.

Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.



Sophia de Mello Breyner Andresen
Obra Poética I

   Estiveram presentes três turmas, oitenta e dois alunos e cinco professores.

publicado por CREM Pereira Coutinho às 14:50

   Nesta tarde do dia 4, estava prevista a dramatização e leitura para, e por, alunos do terceiro ciclo.  




   “O Mostrengo” de Fernando Pessoa foi declamado por um aluno  do 8ºC:

O mostrengo que está no fim do mar

Na noite de breu ergueu-se a voar;

À roda da nau voou trez vezes,

Voou trez vezes a chiar,

E disse, «Quem é que ousou entrar

Nas minhas cavernas que não desvendo,

Meus tectos negros do fim do mundo?»

E o homem do leme disse, tremendo,

«El-Rei D. João Segundo!» 

«De quem são as velas onde me roço?

De quem as quilhas que vejo e ouço?»

Disse o mostrengo, e rodou trez vezes,

Trez vezes rodou immudo e grosso,

«Quem vem poder o que só eu posso,

que moro onde nunca ninguem me visse

e escorro os medos do mar sem fundo?»

E o homem do leme tremeu, e disse,

«El-Rei D. João segundo!» 

Trez vezes do leme as mãos ergueu,

Trez vezes ao leme as reprendeu,

E disse no fim de tremer trez vezes,

«Aqui ao leme sou mais do que eu:

Sou um Povo que quere o mar que é teu;

E mais que o mostrengo, que me a alma teme

E roda nas trevas do fim do mundo,

Manda a vontade, que me ata ao leme,

                         De El-Rei D. João Segundo!»


   Assistiu-se depois à dramatização de  “O Bojador”  de Sophia de Mello Breyner Andresen, pelas alunas Catarina, Carolina, Constança e Élen , todas da mesma turma.









A professora Paula Bebiano, responsável pelo ensino da Língua Portuguesa, estabeleceu a ligação entre as duas obras escutadas e Os Lusíadas,  comentando alguns dos  aspectos comuns.


 







   Uma vez que havia ainda tempo, os alunos foram convidados a ler um conto de Eça de Queirós, actividade a que aderiram com agrado.  


 

 

                                                                         

                        

  Vários exemplares da obra foram distribuídos pelos presentes e a leitura integral foi feita, em voz alta, por alunos voluntários.

   Nesta sessão estiveram presentes duas turmas: 9ºA e 8ºC num total de cinquenta e oito alunos. Estiveram também presentes três professores.

Maria F.

 


publicado por CREM Pereira Coutinho às 12:13

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