ESCOLA E.B. 2,3 PROF. ANTÓNIO PEREIRA COUTINHO

29
Nov 07


 

Vamos começar com uma poesia de António Gedeão.

 

Leiam, reflitam e depois digam-nos alguma coisa.

Que sentimentos exprimiu este poeta, professor, cientista e filósofo?

Que visão teve ele do Natal?

 

 

O nosso blog está sempre à espera dos vossos comentários. Enviem-nos os vossos textos!

Dia de Natal

 

«Hoje é dia de ser bom.

É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,

de falar e de ouvir com mavioso tom,

de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.

É dia de pensar nos outros. coitadinhos. nos que padecem,

de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,

de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,

de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.

É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,

como se de anjos fosse,

numa toada doce,

de violas e banjos,

Entoa gravemente um hino ao Criador.

E mal se extinguem os clamores plangentes,

a voz do locutor

anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu

e as vozes crescem num fervor patético.

(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?

Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)

Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.

Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.

Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas

e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,

com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,

cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,

as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,

ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.

É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,

como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.

A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.

Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.

E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento

e compra. louvado seja o Senhor!. o que nunca tinha pensado comprar.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.

Naquela véspera santa

a sua comoção é tanta, tanta, tanta,

que nem dorme serena.

Cada menino

abre um olhinho

na noite incerta

para ver se a aurora

já está desperta.

De manhãzinha,

salta da cama,

corre à cozinha

mesmo em pijama.

Ah!!!!!!!!!!

Na branda macieza

da matutina luz

aguarda-o a surpresa

do Menino Jesus.

Jesus

o doce Jesus,

o mesmo que nasceu na manjedoura,

veio pôr no sapatinho

do Pedrinho

uma metralhadora.

Que alegria

reinou naquela casa em todo o santo dia!

O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,

fuzilava tudo com devastadoras rajadas

e obrigava as criadas

a caírem no chão como se fossem mortas:

Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.

Já está!

E fazia-as erguer para de novo matá-las.

E até mesmo a mamã e o sisudo papá

fingiam

que caíam

crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal,

Dia de Amor, de Paz, de Felicidade,

de Sonhos e Venturas.

É dia de Natal.

Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.

Glória a Deus nas Alturas.»

 


Algumas actividades interessantes e surpresas agradáveis vão acontecer no CREM, durante as próximas duas semanas. Vamos estar atentos e viver o Natal, também na Escola.

Podemos até inspirar-nos em páginas de outras escolas.

Ora vejam esta página da Escola Professor Vaz Nunes de Ovar:

http://web.educom.pt/escolovar/natal.htm



Tantas coisas poderemos descobrir para enriquecermos as nossas vivências  e dar mais sentido aos nossos momentos festivos.


A todos desejamos um Feliz Natal!

 

A Equipa do CREM

publicado por CREM Pereira Coutinho às 12:13

11
Nov 07
11 de Novembro
Os Santos Populares no nosso país são festejados no tempo quente de Verão: Santo António, São João e São Pedro. No Inverno há apenas um, que chega com o frio: São Martinho, que associamos à prova do vinho novo e às castanhas. Martinho nasceu no séc. IV em 316 ou 317 D.C. Terá sido baptizado, por volta do ano 339. São mais de 1600 anos de popularidade. Mas saberemos mesmo quem foi São Martinho?

Um pouco de História

Texto original de Maria Luísa  Paiva Boléo:


« DE CAVALEIRO ROMANO A APÓSTOLO DA GÁLIA »


 « Não podemos dizer que a vida de São Martinho «se perde na noite dos tempos», porque este santo, nascido em território do império romano - Sabaria na antiga Panónia, hoje Hungria, entre 315 e 317, foi o primeiro santo do Ocidente a ter a sua biografia escrita por um contemporâneo seu - o escritor Sulpício Severo.


 Martinho era filho de um soldado do exército romano e, como mandava a tradição, filho de militar segue a vida militar, como filho de mercador é mercador e filho de pescador devia ser pescador.
Martinho estudou em Pavia, para onde a família foi viver, e entrou para o exército com 15 anos, tendo chegado a cavaleiro da guarda imperial. Tinha a religião dos seus antepassados, deuses que faziam parte da mitologia dos romanos, deuses venerados no Império Romano, que, como é óbvio, variavam um pouco de região para região, dada a imensidão do Império. As Gálias teriam os seus deuses próprios, como os tinham a Germânia ou a Hispânia.
O jovem Martinho não estava insensível á religião pregada, três séculos antes, por um homem bom de Nazaré. Um dia aconteceu um facto que o marcou para toda a vida. Numa noite fria e chuvosa de Inverno, às portas de Amiens (França), Martinho, ia a cavalo, provavelmente, no ano de 338, quando viu um pobre com ar miserável e quase nu, que lhe pediu esmola e Martinho, que não levava consigo qualquer moeda, num gesto de solidariedade, cortou ao meio a sua capa (clâmide) que entregou ao mendigo para se agasalhar. Os seus companheiros de armas riram-se dele, porque ficara com a capa rasgada. Segundo a lenda, de imediato, a chuva parou e os raios de sol irromperam por entre as nuvens. Sinal do céu. Seria milagre?

MARTINHO E CONSTANTINO I


                                                          Conta a lenda, que no dia seguinte Martinho teve uma visão e ouviu uma voz que lhe disse: «Cada vez que fizeres o bem ao mais pequeno (no sentido social de mais desprotegido) dos teus irmãos é a mim que o fazes». A partir desse dia Martinho passa a olhar para os cristãos de outro modo. Recordamos que o Cristianismo teve dificuldade em se impor como religião, e que um passo importante dado, nesse sentido, foi por Constantino I, que, em 313, permite que o Catolicismo seja livremente praticado no Império. Com o tempo foi aceite como religião do Estado. Constantino - o Grande - acreditou que o deus dos cristãos, que ele, de início associava ao Sol, o protegia e que lhe proporcionara a grande vitória contra Maxêncio, em 312. Acabará senhor absoluto do Império, tanto a Oriente, como a Ocidente, depois da vitória sobre Licínio, em 324. Consta que Constantino I terá visto no céu, antes da batalha com Maxêncio, a frase: «In Hoc Signo Vinces (Por este símbolo(cruz de Cristo) vencerás)» e daí o início da sua conversão. A testemunhar essa conversão existe o Arco de Constantino, em Roma, erigido para celebrar a vitória, onde consta a frase «por inspiração da Divindade e pela sua (de Constantino) grandeza de espírito». A testemunhar a sua conversão há o facto de o prefeiro pretoriano da Hispânia, Acílio Severo, conhecido por Lactâncio ter sido o primeiro prefeito cristão de Roma, em 326.
             Constantino I fundou a cidade de Constantinopla, onde fez a nova capital do Império, na antiga Bizâncio, e mandou edificar inúmeras igrejas, para o culto cristão, por todo o Império. A cidade foi sagrada no ano 330. As mais importantes igrejas foram a basílica de Latrão, a igreja de São Pedro, em Roma, a igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, bem como basílicas em Numídia e em Trèves. Deu-se origem às fundações da Igreja da Santa Sabedoria (Hagia Sophia), em Constantinopla, que, viria, em 1453 a ser tomada pelos árabes e Constantinopla passou a chamar-se Istambul. Constantino I é baptizado no leito de morte, no ano de 337 e sepultado na basílica dos Apóstolos naquela cidade. Deixa o império dividido pelos seus três filhos Constantino II, Constâncio e Constante, que vão lutar entre si ficando senhor do Império Constâncio II.

A LENDA DE MARTINHO


             Depois do encontro de Martinho com o pobre que seria o próprio Jesus, sente-se um homem novo e é baptizado, na Páscoa de 337 ou 339.
 Martinho entende que não pode perseguir os seus irmãos na fé. Percebe, que os outros são, na realidade, mais seus irmãos que inimigos. Só tem uma solução - o exílio, porque, oficialmente, só podia sair do exército com 40 anos. Hoje o sentido de irmão está, no Ocidente, perfeitamente interiorizado, mas, na época era algo de totalmente revolucionário. Era uma sociedade estratificada, e os grandes senhores, onde se incluía a classe militar, não se misturavam com a plebe, e muito menos um escravo era considerada pessoa humana. Daí Cristo ter sido crucificado. O amor entre todos, como irmãos que pregava era verdadeiramente contra os usos do tempo. Todos o que o seguiram e praticaram a solidariedade eram vistos como marginais e mais ou menos perseguidos.
Martinho, ainda militar, mas com uma dispensa vai ter com Hilário (mais tarde Santo Hilário) a Poitiers. Funda primeiro o mosteiro de Ligugé e depois o mosteiro de Marmoutier, perto de Tour, com um seminário. Entretanto a sua fama espalha-se. Muitos homens vão seguir Martinho e optar pela a vida monástica. Com o tempo, as suas pregações, o seu exemplo de despojamento e simplicidade, fazem dele um homem considerado santo. É aclamado bispo de Tours, provavelmente em Julho de 371. Preocupado com a família, lá longe, e com todo o entusiasmo de um convertido vai à Hungria visitar a família e converte a mãe.
             A vida de São Martinho foi dedicada à pregação. Como era prática no tempo, mandou destruir templos de deuses considerados pagãos, introduziu festas religiosas cristãs e defende a independência da Igreja do poder político, o que era muito avançado para a época. Nem sempre a sua acção foi bem aceite, daí ter sido repudiado, e, por vezes, maltratado.

VITA MARTINI


             Sulpício Severo, aristocrata romano, culto e rico fica fascinado com o comportamento pouco comum de Martinho e escreve, entre 394 e 397 a biografia, daquele que ficaria conhecido por São Martinho de Tours. A obra chama-se apenas Vita Martini (escrito em latim), livro que teve enorme repercussão no mundo medieval. Espalhou-se até Cartago, Alexandria e Síria. Sabe-se que este livro foi muitíssimo lido (Enciclopedia Cattolica, Cidade do Vaticano, 1952, p. 220), o que era difícil numa época em que os livros eram caros e quando só o clero e monarcas mais cultos os leriam, mas o certo é que foi um verdadeiro «best-seller».
             Só em 357 Martinho é dispensado oficialmente do exército e continua a espalhar a sua fé. Morre em Candes (aldeia do Vale do Loire, em França), no dia 8 de Novembro do ano de 397 e o seu corpo foi acompanhado por 2 000 monges, muito povo e mulheres devotas.
  Chega à cidade de Tours no dia 11 de Novembro



 O seu culto começou logo após a sua morte. Em 444 foi elevada uma capela no local. Não foram só as gentes das Gálias que o veneraram, o seu culto espalhou-se por todo o Ocidente e parte do Oriente. Na cidade francesa de Tours, foi erguida uma enorme basílica entre 458 e 489 que viria a ser lugar de peregrinação, durante séculos. Em França há perto de 300 cidades e povoações com o nome de São Martinho e, em Portugal, numa breve contagem, descobrimos 60. É, no entanto, importante frisar que nem todas serão evocações de São Martinho (o da capa), mas também de São Martinho de Dume (na região de Braga), também originário da Hungria (séc. VI).
             Por toda a Europa os festejos em honra de São Martinho estão relacionados com cultos da terra, das previsões do ano agrícola, com festas e canções desejando abundância e, nos países vinícolas, do Sul da Europa, com o vinho novo e a água-pé. Daí os adágios «Pelo São Martinho vai à adega e prova o teu vinho» ou «Castanhas e vinho pelo São Martinho».

Um bom dia de S. Martinho para todos! E não esqueçam!

    PROVÉRBIOS POPULARES (S. MARTINHO)

- No dia de S. Martinho vai à adega e prova o teu vinho.
- Mais vale um castanheiro do que um saco com dinheiro.
- Dia de S. Martinho fura o teu pipinho.
- Do dia de S. Martinho ao Natal, o médico e o boticário enchem o teu
  bornal.
- Pelo S. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
- Se o Inverno não erra caminho, tê-lo-ei pelo S. Martinho.
- Se queres pasmar teu vizinho lavra, sacha e esterca pelo S. Martinho.
- Dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho.
- Pelo S. Martinho, prova o teu vinho, ao cabo de um ano já não te faz
   dano.
- Pelo S. Martinho mata o teu porco e bebe o teu vinho.
- Pelo S. Martinho semeia favas e vinho.
- Água-pé, castanhas e vinho faz-se uma boa festa pelo S. Martinho.

um abraço
Maria F.
publicado por CREM Pereira Coutinho às 11:06

08
Nov 07

10 de NOVEMBRO de 2007

Dia Mundial




 

 No sentido de tornar os alunos activistas de um movimento que vise pôr termo ao aquecimento global e às consequências que daí advirão, o Centro de Recursos, os professores de Ciências da Natureza, de Área de Projecto e de outros Departamentos interessados, sensibilizarão os seus alunos para a elaboração de cartazes e recriação de jogos cujas mensagens abordem seriamente as perturbantes questões ambientais.

 Estes cartazes e jogos serão expostos no CREM no final do 1º Período, sendo atribuídos prémios aos melhores trabalhos.

  Durante o segundo período, será elaborado, com base na informação contida nos jogos e cartazes, um banco de perguntas e respostas que servirá de suporte à realização de um concurso no final do segundo período (as normas serão definidas a seu tempo, podendo haver eliminatórias  em sala de aula e encontrar-se um vencedor a nível de escola).

  Sugere-se que se inicie o tratamento da questão do aquecimento global pela exploração da imagem contida nos cartazes afixados na escola e que assinalam a abertura do Ano Internacional do Planeta Terra no dia 10 de Novembro de 2007.

 

    Estas actividades constituem um ponto de partida . 

  Outras poderão e deverão  enriquecer este esquema inicial.

  Na biblioteca serão compilados todas as imagens e textos  elaborados pelos alunos de forma a construirmos o livro Salvemos o Nosso Planeta.

       O Departamento de Ciências Físico Naturais e o CREM disponibilizarão Bibliografia adequada ao tratamento do tema.

Dalila Marques

Vídeos:

Aquecimento global: causas, efeitos e soluções
 
http://youtube.com/watch?v=dRgrFGCC1BE

Aquecimento global: degelo

http://youtube.com/watch?v=4moDnG134qA



Sugestões de páginas a consultar com alunos:


http://student.dei.uc.pt/~lneves/trabalhos/artigo.html


 

http://www.nonio.uminho.pt/webquests

 

http://pt.wikipedia.org

 

http://www.naturlink.pt

 

http://www.nationalgeographic.pt/index.jsp

 

http://www.youngreporters.org

 


Conselhos dos "Jovens repórteres para o Ambiente"

Use os caminhos estabelecidos para proteger as nossas praias, preservando as Dunas. As dunas impedem o avanço do mar.

 

O projecto JOVENS REPÓRTERES PARA O AMBIENTE é um projecto de Educação Ambiental promovido pela Associação Bandeira Azul da Europa, Secção Portuguesa da Fundação de Educação Ambiental (FEE).
A nível internacional encontram-se envolvidos neste projecto alunos e professores de 17 países que constituem a actual rede Young Reporteres for the Environment (YRE).
Este Projecto que decorre em Portugal desde 1994, destina-se fundamentalmente aos estudantes do Ensino Secundário, pretendendo contribuir para uma preparação dos jovens para o exercício de uma cidadania activa na defesa do Ambiente, através da sua participação nos processos de decisão.



Um abraço
Maria F.

 

publicado por CREM Pereira Coutinho às 16:24

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