A Folha na Festa
Cecília Meireles
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Esta flor
Não é da floresta.
Esta é a flor da giesta.
E a flor está na festa.
Que folha é esta)
Mas está na festa.
Na flor da giesta.
No dia 7 de Março, última manhã da Semana da Leitura,
À medida que uma narradora mencionava factos ocorridos durante a vida da escritora, outros alunos ilustravam os acontecimentos representando-os. Conseguiu-se assim reforçar a mensagem escrita e prender a atenção do público. A articulação entre a referência aos acontecimentos e a representação dos mesmos foi a adequada e a seriedade da vida e obra de Cecília foi respeitada no ritmo, sobriedade, beleza e atitude dos alunos participantes. Um óptimo trabalho.
Estiveram presentes cinco turmas (5ºI, 6ºL, 6ºM, 6ºD e
A sessão terminou mais cedo pelo que os alunos foram convidados a ver as exposições dos trabalhos e a mesa contendo dados sobre a vida e obra dos poetas que têm sido trabalhados ao longo da semana.
Biografia de Cecília Meireles
Poetiza brasileira. Sua obra figura entre os grandes valores da literatura de língua portuguesa do século XX.
A obra poética de Cecília Meireles ocupa lugar singular na história das letras brasileiras por não pertencer a nenhuma escola literária.
Cecília Meireles nasceu no Rio de Janeiro em 7 de Novembro de 1901. Órfã muito cedo, foi educada pala avó materna e diplomou-se professora pelo Instituto de Educação em 1917. Viajou pela Europa, Estados Unidos e Oriente e logo se dedicou ao ensino. No exercício da profissão, participou activamente do movimento de renovação do sistema educacional brasileiro. Fundou, em
Depois de Espectros, 17 sonetos de tema histórico, lançado em 1919, publicou dois livros de poemas de inspiração nitidamente simbolista: Nunca mais... o poema dos poemas (1923) e Baladas para el-rei (1925).
Foi com Viagem (1938), premiado pela Academia Brasileira de Letras depois de um acalorado debate suscitado pelo modernismo, que se deu a afirmação plena das qualidades que caracterizam a obra de Cecília Meireles: intimismo, lirismo, tendência ao misticismo e ao universal, e retorno à fonte popular, em versos de grande beleza e perfeição formal.
Cecília Meireles reafirmou a importância de sua contribuição à poesia da língua portuguesa em vários outros livros, entre eles Vaga música (1942); Mar absoluto (1945); Retrato natural (1949); Doze noturnos da Holanda (1952); Romanceiro da Inconfidência (1953); Metal rosicler (1960); Poemas escritos na Índia (1962); Solombra (1964) e Ou isto ou aquilo (1964). Em português clássico, a autora serviu-se de todos os metros e ritmos com a mesma flexibilidade, a fim de construir uma obra ao mesmo tempo pessoal e universal. Morreu em 9 de Novembro de 1964, no Rio de Janeiro.
Maria F.